Detesto conversas de circunstância. E com circunstância, refiro-me mesmo aquelas conversas da treta entre pessoas que já não se vêm há algum tempo. Aquelas perguntas que toda a gente faz, e que acredito que muita gente nem o faça por mal, mas que me fazem sentir quase sempre inspecionada. Como se esperassem uma troca de galardões.
Não gosto de perguntas em género de lista, debitadas quase em modo superior.
Não gosto de perguntas como "o que fazes?" ou "não pensam em ter mais filhos", assim mandadas para cima e quase fora de contexto.
Nem toda a gente tem a resposta na ponta da língua. Há quem não saiba para onde vai ou para onde quer ir. Há quem não tenha o futuro estudado, pronto para ser revelado a qualquer pessoa e há quem apenas ache que certas perguntas só devem ser feitas quando existe uma grande empatia.
Eu não sei para onde vou. Não tenho a vida planeada e calculada numa folha de Excel e acredito que o não saber, o desconhecido, torna o simples facto de se estar vivo, em algo ainda mais maravilhoso.
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