Quando Bruno se aproximou, o rapaz estava sentado no chão de pernas cruzadas e olhos postos na poeira por baixo dele. Mas depois ele levantou os olhos e Bruno pôde ver-lhe a cara. Era também uma cara muito estranha. A pele era quase cinzenta, mas de um tom cinzento que Bruno nunca tinha visto antes. Tinha os olhos grandes, cor de caramelo, e a parte branca era mesmo muito branca. E quando o rapaz olhou, tudo o que Bruno conseguiu ver foi um par de olhos enormes e tristes a fitá-lo.
(…)
O rapaz do pijama às riscas é um livro muito fácil de ler. John Boyne consegue e muito bem, fazer-nos sentir na pele de Bruno, uma criança de 9 anos de idade. Leva-nos para dentro da sua mente e faz-nos compreender perfeitamente todos os seus pensamentos e emoções.
Se preferia ter lido o livro antes de ter visto o filme? Sem sombra de dúvida. O livro é tão visual que preferia ter a mente limpa de qualquer imagem. A escrita de Boyne transmite-nos de forma surreal a ingenuidade presente nestas crianças e o completo desconhecimento das terríveis atrocidades que ocorriam naquela época. É tão bom, tão triste e tão maravilhoso ao mesmo tempo. Leiam o livro e vejam o filme, valem mesmo a pena.
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