- Acha mesmo que nós podemos mudar? - perguntou ele.
- Acho. É isso que significa ser humano, é ter essa possibilidade. Todos os dias escolhemos quem queremos ser. Que roupas é que vamos vestir, o que vamos dizer, o que vamos comer, como nos vamos comportar, que desenhos vamos pôr nos nossos braços… é através desta infinidade de pequenas decisões que, cumulativamente, nos tornamos quem somos.
(…)
O que ela deixou conta-nos a história de Alice Salmon e o mistério que envolve a sua morte. Através de extratos de diários, cartas, emails, posts em blogues, mensagens e notícias vamos conhecendo as personagens e desvendando os seus segredos. Já há muito que não lia um livro com este formato, e talvez por isso, me tenha causado alguma estranheza inicial, mas acredito que desta forma seja mais fácil colocarmo-nos na pele das personagens. Neste caso em concreto, permite-nos também compreender a magnitude da era tecnológica e o impacto do nosso rasto digital.
Não posso dizer que seja um livro memorável, mas tendo em conta que não sou a maior fã de thrillers, pelo menos no que toca à leitura, acabou por se revelar viciante. O final, esse, é agradavelmente inesperado.
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