quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Diz-lhe que não





Afinal o namoro não era um namoro. Era uma não-relação. Nós é que não tínhamos compreendido. E também não podemos perguntar sob risco de estarmos a apressar as coisas. Faz-nos parecer carentes ou que estamos a investir excessivamente na relação. E Deus nos livre de investirmos em alguém ou de falarmos nessa palavra tão monstruosa e perversa - o amor.
Eu nunca vou compreender de que forma é que perguntar a um tipo - que anda a dormir na minha cama há 3 meses - se a nossa relação é séria é apressar as coisas. Ele já não as apressou quando me despiu as cuecas?


Depois de andar meses atrás deste livro, que estava esgotado por todo o lado, encontrei-o na Fnac e não o larguei mais. Enviei imediatamente uma mensagem à Helena, porque se é verdade que o queria ler por adorar a sua escrita, também é verdade que não podia deixar de o ler, por gostar da pessoa que o escreveu, direta, incisiva e sem papas na lingua. O que é que podemos esperar da Helena? Sinceridade, e ler este livro é como tomar um banho de realidade.
Lio-o em pouco mais de 24h, mas poderia ter sido em muito menos, porque não o queria mesmo largar. No fundo, foi como estar horas à conversa com amigas, a Helena transmite os seus pensamentos e emoções com uma simplicidade refrescante e embora simples, a sua escrita é tudo menos superficial. Vivemos as histórias e ansiamos pelo seu desfecho, ora estamos às gargalhadas, ora comovidos e incrédulos. Se há um livro que traduz as relações dos nossos dias, é este mesmo, leve, humorístico, mas sem tretas ou subtilizas. Se vale a pena? Sem sombra de dúvidas!



P.S. Já agora, se gostam de livros, podem ver aqui o resultado do desafio giríssimo que a Helena nos lançou.

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